domingo, 23 de setembro de 2012


Treino de Flexibilidade

 
 

O treino de flexibilidade não deve ser visto unicamente como alongamento muscular, pré ou pós treino. Trabalhar a flexibilidade deve ser feito a vários níveis- físico, psíquico, espiritual e social.

A flexibilidade física, tal como a social e psíquica deve ser trabalhada regularmente.

 Para podermos progredir na flexibilidade física é essencial conhecer o nosso limite de dor ou de tensão muscular ao alongar sem nunca passar esse limite, pois é aí que pode ocorrer uma lesão. Quando a lesão ocorre tendemos a evitar o alongamento mesmo depois da recuperação (havendo uma regressão quanto á flexibilidade).

No hatha yoga diz-se que uma postura deve ser firme mas relaxada. Os alongamentos que visam uma determinada cadeia muscular devem ser firmes, ou seja, com consciência corporal, manter uma postura alinhada e de preferência sincronizada com a respiração para otimizar a eficiência do alongamento.

Na medicina natural, cada problema ou alteração na saúde deve ser visto como um alerta, como um sinal de aviso de que algo não está bem. Devemos parar para pensar e fazer um balanço do dia á dia ou da nossa vida. Para tentar perceber o que estamos a descurar, a velocidade a que a vida corre por vezes não nos dá tempo para alterar pequenos hábitos que podem ter um grande impacto na nossa saúde.

A esta altura estão a pensar o quê é que um encurtamento ou uma falta de flexibilidade pode ter com o resto do nosso dia. Pois bem, os sintomas são para ser levados a sério, pex uma dor repentina que se pode dever a um encurtamento de uma cadeia muscular repentina, é um alerta para prestarmos mais atenção a esse desconforto. A nossa sociedade recorre mais facilmente a analgésicos, anti-inflamatórios e a todos os anti… para evitar a dor e o desconforto e muitas vezes não parar para pensar qual a verdadeira razão para essa dor e desconforto, a solução pode passar por simplesmente alterar um hábito, ou um erro de treino (diminuir a carga, alterar o treinou alternar com outra modalidade, etc..) ou seja eliminar o fator desencadeante.

É ai que entra a flexibilidade psíquica, espiritual e social. Será que estamos a ser inflexíveis com o nosso próprio corpo, treino a mais, alongamentos a menos, descanso e tempo de recuperação escasso. Devemos procurar na nossa vida a nossa falta de flexibilidade, a intransigência e a impaciência e aí tal como no alongamento quando atingimos o nosso limite devemos parar uns segundos, respirar e estar consciente do que verdadeiramente queremos e precisamos (uma corrida ou uma tarde em família em que podemos aproveitar também para relaxar e alongar).e claro ,saber parar antes de se instalar uma lesão a sério.

A flexibilidade permite um fluxo energético harmonioso, além de todas os benefícios a nível muscular e articular.


Treino de flexibilidade II - Continuação
 

Os alongamentos fazem parte de um tema muito controverso na medicina desportiva, as opiniões dividem-se e variam imenso.

O que é a flexibilidade?

A flexibilidade é a capacidade de alongamento das estruturas que compõem os tecidos moles (músculo, tendão, tecido conjuntivo) através da amplitude de movimento articular disponível, onde o músculo é o maior contribuinte á amplitude de movimento de uma articulação ou uma série de articulações.

Segundo Kurtz a flexibilidade pode ser agrupada em:
Flexibilidade ativa e passiva .
  • Flexibilidade ativa é a maior amplitude de movimento tangível no indivíduo. Deve-se á contração dos músculos agonistas e ao alongamento dos antagonista, ocorre em simultâneo. Pode ser estático ou dinâmico.
  • Flexibilidade passiva- maior amplitude de movimento tangível no indivíduo sob a ação de “forças externas” como parceiros, aparelhos, etc. pode ser estática ou dinâmica

Métodos utilizados para desenvolver a flexibilidade:

Alongamento ativo (que pode ser estático ou dinâmico, e balístico)
  •  No alongamento ativo estático indivíduo assume uma posição de alongamento do músculo visado contraindo depois apenas os agonistas do movimento, manter por alguns segundos.

  • Os alongamentos ativos dinâmicos consistem em oscilações controladas dos membros para atingir limites de amplitude

Alongamento passivo (que pode ser estático ou dinâmico)
  •    No alongamento passivo estático o indivíduo coloca a cadeia muscular visada em alongamento e mantém-na uns segundos.
  • No alongamento passivo dinâmico há movimento de oscilação com ritmo e amplitudes várias.

Alongamento isométrico
  • Aplica-se um alongamento passivo estático combinado com uma contração isométrica.
  • Coloca-se a cadeia muscular visada em alongamento passivo, em seguida contrair o musculo alongado contra parceiro, que oferece resistência, manter por alguns segundos depois relaxar.
 

Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP)
  • Esta técnica é muito utilizada para aumentar a flexibilidade e na recuperação como por exemplo pela osteopatia é uma combinação de alongamento isométrico passivo. Utiliza-se a técnica hold-relax, ou hold-relax-contract
  • Para visualizar melhor estes alongamentos, fica uma pequena demonstração em vídeo de algumas técnicas anteriormente referidas.

Estas não são da minha autoria.

http://www.youtube.com/watch?v=OlSvpXOWSTI

Incorporar trabalho de flexibilidade no treino é uma estratégia que pode ajudara prevenir lesões, a maioria dos desportos tem movimentos repetitivos e com amplitudes limitadas, como é o caso da corrida. O que pode levar á tensão muscular e a ruturas e distensões musculares.


Quando alongar?

  • As evidências científicas são fracas a corroborar o benefício dos alongamentos pré-treino. Podem ocorrer lesões se se fazem alongamentos inadequados antes do treino sem um aquecimento.
  • Segundo alguns autores a correlação da condição aeróbica deficiente com aumento de risco de lesão parece ser muito maior do que as observadas com falta de flexibilidade.
  • Não há uma resposta simples para quando e como alongar, há uma grande tradição de alongamento na medicina desportiva que não deve ser ignorada. Mas a individualidade deve ser respeitada. A decisão deve ser adequada e individual .


 Escolha de treinos de flexibilidade fora dos treinos de força em dias ou alturas do dia separadas parecem trazer mais benefícios, ou então no final do treino.

Algumas dicas de alongamento
  • Aquecer antes de alongar
  • Alongamentos de cadeias musculares de 15 a 30 segundos repetidos 3 vezes por cadeia muscular podem ser tão benéficos como esquemas por vezes mais demorados e complicados que se acabam por não fazer por falta de tempo
  • Se fizer alongamentos com um parceiro com resistência tenha cuidado para não forçar e se lesionar
  • Evite alongamentos balísticos
  • Procure várias rotinas de aquecimento e de alongamento e veja quais o beneficiam mais.

Fatores que claramente diminuem o risco de lesões são: ter força na fase excêntrica do movimento (por exemplo baixar um peso, pular de pontos altos), ter força no centro (músculos do tronco e abdominais e lombares) e manter agilidade e equilíbrio.

Varie a sua atividade desportiva pois assim diminui o risco de lesões repetitivas. Ouça o que o seu corpo tem para lhe dizer e se hoje não lhe apetecer muito dar aquela corrida, seja flexível consigo e alongue ou dê algum descanso ao seu corpo.

7 Dicas para manter o equilíbrio
 
   Cada um tem as suas estratégias para se manter em equilíbrio no dia-a-dia. Agora que começa outra etapa do ano para muitos, o início do ano letivo ou apenas o “pós férias” e o início de outra  etapa, convém planear, definir prioridades e adotar estratégias de maneira a evitar stress desnecessário para obtermos o melhor de nós, dos outros e dos momentos.
 
 
A saúde mental está associada a um estilo de vida saudável, a sua manutenção depende de um complexo equilíbrio, distinto para cada indivíduo mas com pontos comuns essenciais á todos.
 
1 - Mantém-te em forma

Uma dieta equilibrada, exercício físico e descanso adequado são uma fórmula eficaz para compensar os efeitos do stress. Alguns desequilíbrios anímicos podem resultar da deficiência de certos nutrientes, é por isso importante não descurar a alimentação equilibrada.

2 - Cuida dos teus amigos

O apoio emocional dos seres queridos é uma das principais garantias para a saúde física e mental. As relações pessoais devem ser cultivadas. Explicar as preocupações num tom distendido a amigos de confiança, é uma maneira eficaz de reduzir a tensão. O diálogo favorece ideias para a resolução de problemas, ou simplesmente ajuda a ver as coisas numa outra perspectiva.

3 - Aceita ajuda

As relações tendem a ficar mais profundas quando se ajuda ou se aceita ajuda, apesar de muitos de nós sermos educados para ser mais individualistas. A colaboração faz nos chegar mais longe, é importante sentirmos-nos úteis e a fazer parte de grupos proactivos. Um exemplo são as corridas em grupo, motiva-nos a continuar, obtemos dicas de colegas, o esforço é partilhado, e as alegrias duplicadas.

4 - Oferece ajuda

Um dos objetivos dos budistas é ser útil ao próximo. È tão importante saber aceitar ajuda como saber oferecer a nossa colaboração. Há poucas coisas que nos dão tanta satisfação como saber que fomos úteis ou que podemos ajudar.

5 -  Controla o stress

Não o podemos evitar mas podemos aprender a controlar o stress na nossa vida. As pessoas mais propensas ao stress, devem aprender a definir bem as prioridades e estabelecer atitudes. Fazer listas com o que tem de ser feito mediante a prioridade com um planeamento correto evita imprevistos e a acumulação de stress desnecessário. Saber que nem tudo pode ser feito hoje e que amanha é mais um dia, também ajuda. Há as tarefas que podem ser delegadas e a colaboração passa por toda a família, os mais pequenos tem de começar a ajudar desde fazer as mochilas até arrumar as suas próprias coisas, etc..

6  - Controlar o ânimo

Quando se nota um estado de ânimo negativo, os sinais e sintomas não devem ser ignorados, é necessário parar fazer um pequeno inventário do que se está a passar, e reconhecer que temos o poder para alterar algumas atitude e estados de espírito.

 Os problemas são inevitáveis mas a maneira como se age perante eles é uma escolha pessoal. È necessário aprender técnicas e desenvolver estratégias que ajudem a ultrapassar esses estados o mais cedo possível para não entrar numa espiral decrescente.

Técnicas de relaxamento, de respiração, uma tarde a passear na natureza, uma sessão de acupuntura, massagem, exercício, ler… fazer pequenas coisas que nos dão prazer são essências. Por isso não te esqueças de ti quando estas a planear a semana. Coloque na agenda “tempo para mim”, nem que só seja meia hora. Mima-te !!!

7 -  Aprende a estar em paz contigo

A autocrítica sem uma contra partida construtiva é contra producente. Parar e fazer um inventário pode ser uma ajuda.

Oque te faz feliz? O que valorizas? O que gostas de fazer? Agora reduz as exigências, sê realista, nem sempre a vida nos permite estar no nosso máximo o ano todo. Aceita e reconhece as tuas habilidades e as fraquezas, ao estabelecer objetivos, não te sobre carregues, mas visa sempre o aperfeiçoamento.

A comparação leva a muita frustração. È necessário reconhecer as coisas boas que temos e saber dar-lhes valor. Saber o que é melhor para o próprio e não ir de arraste, não tentar superar o outro só porque não temos uma visão clara do que verdadeiramente se quer e qual o rumo a seguir.

Para estar em equilíbrio perante a vida devemos incluir neste balanço a família, os amigos, o trabalho, o lazer, a saúde o exercício… pois é este conjunto que nos faz verdadeiramente feliz.

Saber gerir todas as situações nem sempre é fácil mas estabelecer objetivos reais ajuda a manter a vida no rumo ao equilíbrio.